Atualmente, considera-se que a crosta terrestre é constituída por cerca de seis grandes pla¬cas tectônicas e outras menores, que se deslocam sobre a astenosfera e provocam a deriva dos continentes.
Na faixa de contato entre placas convergentes, como no caso das placas Sul-americana e de Nazca (observe o mapa a seguir), a placa oceânica, mais densa por ser formada predomina¬temente por silício e magnésio (sima), mergulha sob a placa continental, formada predominante-mente por silício e alumínio (sial). Esse fenômeno, conhecido como subducção, dá origem às fos¬sas marinhas, como a de Atacama, no Oceano Pacífico. Ao mergulhar em direção ao manto, a placa oceânica é destruída, porque se funde novamente. Já a placa continental, devido à pressão do choque que recebe da placa que mergulhou, soergue-se, dobra-se ou enruga-se. E justamente nessas porções menos rígidas da crosta que ocorrem, desde pelo menos a era Mesozóica, os movi¬mentos orogenéticos. Foi assim que surgiram as grandes cadeias montanhosas do planeta, forma¬das pelo enrugamento ou pelo soerguimento de extensas porções da crosta. No caso das placas Sul-americana e de Nazca, o choque deu origem à Cordilheira dos Andes.
Tectonismo
O tectonismo ou diastrofismo compreende to¬dos os movimentos que deslocam e deformam as rochas que constituem a crosta terrestre.
O diastrofismo manifesta-se por movimentos verticais ou epirogênicos e horizontais e orogênicos.
Movimentos Epirogênicos
São movimentos verticais que provocam abai¬xamento ou soerguimento da crosta terrestre. Reali-zam-se muito lentamente e são conseqüência da isostasia.
Os movimentos epirogênicos ocorrem em áreas geologicamente mais estáveis. Não provocam per-turbações na disposição e nas estruturas geológicas locais, mas alteram a fisionomia do relevo das regiões afetadas por esses movimentos. Isso acontece por¬que a epirogênese ergue e rebaixa grandes áreas dos continentes.
Os movimentos epirogênicos causam varia¬ções lentas do nível do mar, denominadas eustasia ou movimentos eustáticos. Em locais onde ocorre o re¬baixamento dos litorais pela invasão das águas do mar são chamados transgressões marinhas ou movi¬mentos eustáticos positivos, como no litoral do mar do Norte (Europa). Em outros, onde ocorre o levanta¬mento da costa pelo recuo dos oceanos, como na Escandinávia, são denominados regressões mari¬nhas ou movimentos eustáticos negativos.
Movimentos Orogênicos
São movimentos que dão origem a montanhas e dependem da maior ou menor resistência ofereci¬da pelas rochas das regiões atingidas pelas forças do interior da Terra.
Temos dois tipos principais de orogenia: dobramen¬tos e falhamentos.
Dobramentos
As rochas sofrem uma série de deformações quando são submetidas a um esforço proveniente do interior da Terra. Se elas não oferecem muita resistên¬cia a essa força, formam-se dobras (ondulações do terreno em estruturas plásticas).
Falhamentos
Quando submetidas a um esforço interno de grande intensidade, no sentido vertical ou inclinado, as rochas de estruturas rígidas e muito resistentes, em vez de formar dobras, quebram-se. Nesse caso, pode ocorrer ou não o deslocamento dos blocos resultantes dessa fratura que originam desníveis de terrenos. Quando não há desnível, apenas fratura, te¬mos as diáclases. As falhas, porém, só ocorrem quando há deslocamento das estruturas e desnível de terrenos.
As falhas podem se associar e dar origem às fossas tectônicas (graben), que são regiões rebaixadas, limitadas por um sistema de falhas escalonadas. Ou¬tro tipo de associação é o maciço tectônico (horst), formado por uma área central mais elevada em relação às áreas vizinhas, limitada por um sistema de falhas.
Além da epirogênese e da orogênese, outros movimentos internos, bem mais rápidos e também ligados aos limites das placas tectônicas, podem modificar o relevo terrestre. São as erupções vulcâni¬cas e os terremotos ou abalos sísmicos.
2 comentários:
Ótima explicação,me ajudou bastante com as definições.
é muito facil vc copiar tudo isso
de um livro didatico para o ensino medio...
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