sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

SÉRIE PRODUÇÃO ACADÊMICA

EDUCAÇÃO CRÍTICA/EMANCIPATÓRIA: INTERLOCUÇÕES DOS PENSARES DE LOUREIRO E PAULO FREIRE

GOMES, Róger Walteman*
ROSSI, Francine de Bem**

INTRODUÇÃO

Este trabalho é uma interlocução de saberes que discutem a questão da Educação Ambiental e sua inserção como área de pesquisa bem como no cotidiano escolar em busca de uma formação crítica para o sujeito. Para tanto, a importância desta área de conhecimento evidencia-se pelo fato que, atualmente, a sociedade passa por inúmeros problemas e impactos ambientais. A natureza parece, cada vez mais, uma inimiga do homem pelos seus inúmeros desequilíbrios que causam a morte de milhares de pessoas. Entretanto, muitos destes desastres têm sua causa associada ao homem e, indiretamente a cultura antropocêntrica que localiza este no centro de todas as questões planetárias. Sendo assim, a natureza, bem como sua conservação é esquecida em detrimento de um consumo exagerado e do lucro buscado pelo capitalismo. Diante disso, é o sujeito cidadão que deve e pode mudar, através de práticas locais e globais, a situação do meio ambiente mundial, em busca de uma economia sustentável.

OBJETIVOS

O objetivo das reflexões realizadas no presente trabalho é, em primeiro lugar, inserir a educação Ambiental como área de conhecimento imprescindível na formação do sujeito, desde a escola. Para tanto, esta temática não serve apenas como tema transversal na educação básica, mas deve ir muito além, mostrando aos sujeitos a amplitude da devastação antropológica da natureza e que para mudar esta situação de caos no meio ambiente, é necessário redimensionar práticas pedagógicas que exijam apenas conscientização. O que se torna necessário são práticas educativas que, além da conscientização, rumem para uma mudança nas ações destes sujeitos. Sendo assim, como segundo objetivo, encontra-se, além da inserção da Educação Ambiental como área de conhecimento com força e solidez nos campos de ensino, é um repensar em como estes conhecimentos estão sendo trabalhados nas escolas, visando ir muito além de somente uma conscientização dos alunos e de mudanças culturais individuais.

METODOLOGIA

Então, para o alcance dos objetivos traçados pelo estudo, buscou-se na pesquisa bibliográfica subsídios e indicativos que colaborem para o mudança que se espera nas práticas educativas em direção a reorganização das ações em relação a Educação Ambiental como área de conhecimento. Sendo assim, a interlocução bibliográfica realizada é entre os escritos de Paulo Freire (1996), concepções de Educação Ambiental Crítica e Emancipatória, através dos estudos de Loureiro (ano) e crise do paradigma cartesiano, segundo a perspectiva de Santos (2004). Logo, as reflexões realizadas a partir das bibliografias desenvolveram-se no decorrer do ano de 2010, a partir dos estudos da disciplina de Ciência e Tecnologia no Curso de Pós Graduação em Mestrado em Educação Ambiental da Universidade Federal de Rio Grande.

RESULTADOS

Diante da interlocução das referências bibliográficas, fica claro, segundo de Loureiro (2004) que a Educação Ambiental tem que inserir-se na sociedade e nas escolas, como área de conhecimento, de forma diferente. Assim, não basta apenas trabalhos de conscientização em relação às ações individuais do sujeito, mas sim, ações globais e locais, unindo grupo de pessoas que possam interferir nas questões que desestabilizam a natureza. É neste sentido que Loureiro alerta para a questão de que apenas conscientizações individuas, apenas pratica cotidiana residenciais não terão grande alcance frente a degradação ambiental. Ainda com os estudos de Freire (1996) é possível pensar que ir além de uma conscientização é estar em busca de um sujeito crítico e com olhos abertos as verdadeiras leituras da sociedade capitalista. Para tanto, práticas pedagógicas engajadas com a educação ambiental ultrapassam a visão bancária e informativa da educação, na busca de sujeitos que mudem efetivamente suas ações.

CONCLUSÕES

Diante dos resultados alcançados através da pesquisa bibliográfica, torna-se imprescindível o redimensionamento das práticas pedagógicas escolares. Claro que é possível pensar em uma mudança nos diferentes níveis de ensino, mas focando-se na educação escolar, as ações voltam-se para a formação do sujeito desde o seu início. Neste sentido, para transformar as ações pedagógicas em relação Educação Ambiental como área de conhecimento é necessário formação de professores.. Desta forma, os professores necessitam de formação para isso, pois em suas áreas específicas de conhecimento não aborda tal temática. Sob esta óptica, um professor bem formado terá mais condições de superar ações educativas que só baseiam-se na mera conscientização de ações individuais para o meio ambiente. Definitivamente não é isso necessário, diante de tantos desastres ambientais, na qual a natureza mostra indícios de sua doença e de que o homem precisa rever sua forma como se relaciona com ela.

* Autor – Orientador: Licenciado em Geografia/UFSM. Acadêmico de Especialização em Educação Ambiental/UFSM. Acadêmico de Mestrado em Educação Ambiental/UFSM.

** Co-autor - Pedagoga/UFSM. Especialista em Gestão Educacional/UFSM. Acadêmica de Letras-Português/UNIFRA.

TRABALHO APRESENTADO NA 25º JORNADA ACADÊMICA INTEGRADA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA

Fenomeno La niña no território brasileiro.

Ao passo que começa o ano de 2011, os sistemas de comunicação tem declarado que este ano teremos a presença do Fenomeno Climático da La Niña. Mas o que irá acarretar a presença do mesmo?
O fenomeno da La Niña é marcado pelo esfriamento anormal das águas do Oceano Paífico, na qual modifica a circulação atmosférica, consequentemente, a distribuição das chuvas no Brasil, bem como no mundo, como pode ser observado na imagem.



Ao analisar a imagem percebe-se concentrações de chuvas em algumas regiões, como também estiagens em outras localidades... Isto se deve a modificação da circulação atmosférica.

Seus efeitos sobre o Brasil divergem daqueles causados pelo El Niño: na região norte ocorrem chuvas mais abundantes e aumento da vazão dos rios. O mesmo ocorre no nordeste, enquanto que na região sul ocorrem secas prolongadas; nas regiões centro-oeste e sudeste os efeitos são pouco previsíveis podendo variar de ocorrência para ocorrência. (In: InfoEscola)