quinta-feira, 23 de agosto de 2018

METADE SUL: A VOLTA DA PROSPERIDADE.

Essa leitura vale a reflexão do que se pensava para Rio Grande/RS com a prosperidade do Indústria Naval.

Artigo: METADE SUL: A VOLTA DA PROSPERIDADE.

Parece que foi ontem, mas já transcorreram mais de doze anos desde o dia em que, ao celebrarmos a restauração dos antigos molhes do Porto de Rio Grande, que estavam sem manutenção desde sua construção na década de 1910, no século passado, na companhia do então prefeito municipal de Rio Grande, Wilson Mattos Branco, eu, como Ministro dos Transportes, afirmei: A METADE SUL, FRUTO DA CONVERSÃO DO PORTO DE RIO GRANDE, VAI VOLTAR Á POSIÇÃO QUE DESFRUTOU NA ÉPOCA DAS CHARQUEADAS. SERÁ, NOVAMENTE, A METADE MAIS RICA DO RIO GRANDE DO SUL. Muitos dos que prestigiavam dita solenidade olharam-me com ar de desconfiança, pois a volta dos molhes a forma física que tinham em 1917 não teria, de per si, condições de amparar minha afirmação. Ocorre que eu sabia do que estava falando e minha afirmação estava alicerçada na convicção que firmara a partir do Plano que havia conseguido aprovar, junto ao Presidente Fernando Henrique Cardoso, que acabara de ser incluído no Programa Avança Brasil, cujas premissas mais importantes, para o caso, foram:

1ª – Conversão do Porto de Rio Grande no Porto do Mercosul:
A posição de maior porto do Mercosul, a época, era desfrutada por Buenos Aires, que não tem um porto marítimo mas sim fluvial, no interior do Rio da Prata. Para arrebatar tal título decidimos fazer de Rio Grande um “Ub Port”, porto de concentração e de redistribuição de cargas, para todo o Mercosul. Para tal conversão teríamos que dotar o Porto de Rio Grande do calado então exigido para a categoria: 60 pés, ou 18 metros, de profundidade no Canal de Acesso.
Lançamos o Programa Avança Brasil e iniciamos as obras concluídas em outubro de 2010: a)Extensão dos molhes – O molhe leste estendido para 4.200 metros e o molhe oeste estendido para 3.600 metros; b) Dragagem do Canal de Acesso, para garantir o calado de 18 metros.

2ª – Ligação rodoviária, em pista dupla do Porto de Rio Grande a Belo Horizonte e ao Rio de Janeiro: No Programa Avança Brasil estava prevista a Rodovia do Mercosul, ligando Porto Alegre a Belo Horizonte e ao Rio de Janeiro. Para converter o Porto de Rio Grande em Porto ao Mercosul seria importante que ele estivesse ligado, em pista dupla a Porto Alegre, o que equivaleria às duas capitais mencionadas. Sugeri e foi mudada a extremidade sul da Rodovia do Mercosul que passou a ser: a) em Jaguarão, na divisa com o Uruguai, com adequação da BR 116 entre Jaguarão e Pelotas e duplicação de Pelotas até Porto Alegre e b) em Uruguaiana, na divisa com a Argentina, com adequação da BR 290 entre Uruguaiana e Pântano Grande e duplicação de Pântano Grande até Porto Alegre. Para concluir a duplicação rodoviária do Porto de Rio Grande a Belo Horizonte e ao Rio de Janeiro faltaria ainda a duplicação de Pelotas a Rio Grande, o que foi resolvido com a inclusão no Avança Brasil, também, da duplicação da BR 392, de Rio Grande a Pelotas.

3ª – Ligação rodoviária do Porto de Rio Grande a BR 101:
Este foi um tema que tratei com redobrada alegria: Decidi pavimentar a BR 101 até São José do Norte. Com esta obra seriam resolvidos dois problemas: Acabar com a Estrada do Inferno e ligar o Porto de Rio Grande diretamente à BR 101, sem passar pelo trânsito urbano de Porto Alegre. Hoje, num balanço rápido, fruto deste Plano de Conversão do Porto de Rio Grande, com reflexo em toda a Metade Sul do Estado, já registramos:

1º - O Porto de Rio Grande está com as obras de conversão concluídas, funciona como “Hub Port”, pode receber os maiores navios do mundo e expandiu a Construção Naval, caminhando, a passos rápidos para o proposto lugar de Porto do Mercosul;

2º - Porto de Rio Grande a Belo Horizonte e ao Rio de Janeiro em pista dupla é uma realidade em acelerada finalização. Ainda estão em obras a BR 392, de Rio Grande a Pelotas e a BR 101, de Torres/RS a Palhoça/SC e falta, somente, iniciar a obra de duplicação da BR 116, entre Porto Alegre e Pelotas;

3º - A ligação rodoviária do Porto de Rio Grande, via São José do Norte, diretamente à BR 101 também está concluída. A metade sul já vive novos tempos. A Industria Naval, a Construção Civil, a multiplicação da demanda por serviços, os mais generalizados, a falta de habitação e de lazer e a projeção de que Rio Grande chegará a 500.000 habitantes em poucos anos, já promovem uma verdadeira revolução econômica na região. Bilhões e mais bilhões de reais inundam a economia regional. A transformação já começou. A metade sul do estado já está bem mais rica e, em breve tempo sua gente poderá dizer que, proporcionalmente, é a mais rica do estado. Que voltou a ser o que foi no tempo das Charqueadas. Trata-se de um projeto de largo tempo, mas que está seguindo rumo a sua conclusão e os expressivos frutos já estão sendo colhidos.

Eliseu Padilha.
Advogado e Presidente da Fundação Ulysses Guimarães.

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