quarta-feira, 6 de abril de 2011

SÉRIE CONFLITOS MUNDIAIS


TIMOR LESTE - O MASSACRE QUE O MUNDO NAO VIU....


 Em agosto de 1999, a ONU organizou um referendo e 78,5% das pessoas optaram pela independência. Iniciou-se uma violenta represália no Timor Leste que destruiu a maioria do território e matou mais de mil pessoas.
 Foi organizada então uma administração de transição para preparar o Timor para as eleições e para a total independência.
 A votação que acabou sendo vencida por Xanana Gusmão, foi realizada em abril de 2002. no dia 20 de maio, o Timor Leste se tornou uma nação independente (a mais jovem do mundo).

DICA DE FILME:




SINOPSE
Sinopse
Três meses após deixar de ser uma colônia portuguesa em 1975, Timor Leste foi invadido pela vizinha Indonésia e seu povo sofreu durante 25 anos um dos mais cruéis massacres do século XX. O povo timorense resistiu bravamente às atrocidades cometidas pelo governo indonésio, ignoradas pela opinião pública internacional. Um terço da população foi assassinado durante sua luta pela independência. E após o povo timorense ter finalmente confirmado sua soberania num plebiscito supervisionado pela ONU em 1999, as tropas indonésias deixaram sua última marca: queimaram 90% do país. Lucélia Santos chegou ao Timor com sua equipe em 2000, um ano após a destruição, e registrou durante um mês a trágica situação do povo maubere. "Timor Leste - O Massacre que o mundo não viu" conta toda essa história, mostra a realidade de Timor Leste e a esperança de seu povo por um futuro melhor.

terça-feira, 5 de abril de 2011

SÉRIE PRODUÇÃO ACADÊMICA

A GLOBALIZAÇÃO E OS PROCESSOS DE MUDANÇAS NOS ESPAÇOS GEOGRÁFICOS: POR UMA EDUCAÇÃO AMBIENTAL CRÍTICA/EMANCIPATÓRIA

(GOMES, R. W¹ ; GERBER, L. D² ; NETO, F. Q. V.³ ; C. B. SILVA FILHO4)


RESUMO
A presente pesquisa aborda a inserção da Educação Ambiental Crítica/ Emancipatória no ensino formal e informal como processo de mudança de percepção de um mundo marcado pelo capitalismo consumista e globalização econômica neoconservadora e altermundialização emancipatória dos movimentos sociais e das culturas. O objetivo do presente trabalho é realizar uma reflexão teórica, conectando esta dimensão com os escritos de Paulo Freire, para tanto serão trazidos conceitos de Educação Ambiental Crítica/Emancipatória, Globalização, como também a inserção desta Educação Ambiental como instrumento auxiliar neste processo de mudança e de compreensão crítica da realidade contemporânea. A Educação Ambiental está ainda a constituir o seu lócus em uma sociedade marcada pelo consumo insustentável dos recursos naturais, onde as desigualdades sociais ficam cada vez mais acentuadas, influenciando diretamente a crise ambiental, nesse sentido (Boff-2008:38) nos diz: “... ou mudamos de padrão de relacionamento com a Terra ou vamos ao encontro do pior”. Neste cenário a inserção de uma educação crítica/emancipatória evidencia-se como crucial num processo de mudança destas características. Esta traz em seu principio primordial a não fragmentação de sociedade e meio. Enquanto tratarmos a Educação Ambiental como um estudo de Ecologia, persistiremos em uma visão somente ecológica, esquecendo que a espécie Homo Sapiens faz parte do meio. Assim, a primeira percepção das grandes corporações passa pela mudança conceitual de desenvolvimento sustentável. Desta forma, ”(...) o antropocentrismo não é somente como espécie biológica (...) dominando a natureza, mas a dominação de alguns homens sobre outros homens para que se possa dominar a natureza (...)” (COSTA; PORTO-GONÇALVES, 2006: 107) Nesse contexto, a busca de uma sustentabilidade é o ponto de partida para uma maior igualdade entre as sociedades. Ao passo que se evidencia um “desenvolvimento”, este tem sido somente econômico, bem como um marketing de preservação ambiental, esquecendo-se de um desenvolvimento social e uma sociedade mais cidadã. Assim, Milton Santos já comentava em seus escritos, a mudança virá de grande massa de baixo, ou seja, a partir da união dos menos privilegiados. A mudança deste caos ambiental vivenciado atualmente poderá ser revertido ao passo de deixarmos de ser apenas expectadores, para sermos membros ativos neste processo de mudança. A introdução das três ecologias abordadas por Félix Guattari torna-se viável neste lócus de criticidade e emancipação. A inter-relação do econômico, ambiental e social, nos traz como referência de que a mudança parte da superação do mecanicismo do método cartesiano para um método complexo, como faz referência Edgar Morin em seus escritos. O processo de Globalização acarreta a mundialização do espaço geográfico, ou seja, a presença do meio técnico, científico e informacional, estando estes, presentes em toa a parte. Entretanto, suas dimensões variam, de forma que o espaço global é formado por redes desiguais, na qual temos a presença de espaços hegemônicos, como também espaços hegemonizados. Nesse contexto, somente os atores hegemônicos se servem de todas as redes e utilizam todos os territórios. Neste sentido, os espaços nacionais tornam-se espaços da economia internacional, ou seja, como por exemplo, as transnacionais utilizam mais que a própria sociedade local. Desta forma, “(..) alguns lugares tendem a tornar-se especializados, no campo como na cidade, e essa especialização se deve mais às condições técnicas e sociais que aos recursos naturais(..)”. (SANTOS, 1997: 54) Assim, ainda que sejam espaços em desenvolvimento, os mesmos não são divididos a todos, tendo-se assim um campo de desigualdades, além de natural, social também entre os espaços. Sendo assim, busca-se em uma Educação Ambiental Crítica Emancipatória a ferramenta auxiliar que a sociedade deverá apropriar-se para um processo de engajamento, individual e coletivamente, acerca do caos ambiental vivenciado pela sociedade pós-moderna adentrada pelo economicismo neoclássico. Apesar de vivenciarmos um período de disparidades econômicas, sociais e insustentabilidade do meio natural, ainda está em tempo de tornarmos membros ativos e/ou sujeitos históricos críticos, individuais ou coletivo atuando na superação de aspectos da crise socioambiental que marca nosso atual contexto.


Palavras chaves: Mundialização, Capitalismo, Sustentabilidade

Autor: Licenciado em Geografia/UFSM; Especialista em Educação Ambiental/UFSM; Acadêmico do Curso de Pós Graduação Mestrado em Educação Ambiental/FURG.
Co-autor: Graduada em Direito na UCPel, Especialização em Pós-Graduação em Direito Processual pela UCPel; Acadêmica do Curso de Pós Graduação Mestrado em Educação Ambiental/FURG.
Co-autor: Graduado em Direito na UFSC, mestre na área de concentração instituições jurídico-política do mestrado em Direito da Ufsc. Doutor em Direito das Relações Sociais pela UFPR. Professor de História do Direito na Faculdade de Direito e da disciplina Políticas Públicas em Educação Ambiental e do tópico especial Marx e a natureza. Líder do Grupo Transdisciplinar em Pesquisa Jurídica para a Sustentabilidade (GTJUS).
4 Co-autor: Licenciado em História/FURG; Acadêmico da Faculdade de Direito/FURG e Mestrado em Educação Ambiental-PPGEA/FURG.

A Geografia além da sala de aula

No dia 10 de Março de 2011 os meios de comunicação destacavam as tragédias sociais nas cidades de Rio Grande/RS e São Lourenço do Sul/RS, após uma concentração de chuvas em um curto período. Foram registrados índices pluviométricos acima de 180 mm em algumas localidades no tempo de 6 horas, chuvas esta esperada para todo o mês de Março.
A concentração de chuvas resultou em enchentes que há muito tempo as populações não viam. A situação se São Lourenço foi ainda pior após o Rio São Lourenço transbordar, deixando dezenas de famílias desabrigadas, como pode ser percebido na imagem abaixo:



Desta forma, na semana seguinte, os alunos do 4º e 5º ano, 5º e 6º série mostraram a sua solidariedade, num momento de dificuldade enorme, através da construção de desenhos e mensagens que pudessem de certa forma, dar um conforto as famílias atingidas pela enchente.
O trabalho desenvolvido nas aulas da disciplina de Geografia demonstrou o quanto os alunos estão engajados para uma sociedade mais humana, sustentável, justa e igualitária. Assim, os alunos resgataram valores como: ética, amizade, solidariedade, cumplicidade, em resumo, a mão amiga para oferecer a quem necessita em momentos de dificuldade.



São nos pequenos gestos que se percebem as grandes personalidades.